sexta-feira, 20 de julho de 2018

Responsabilidade emocional.

Eu sinceramente não sei como começar esse texto, mas ele ta preso em mim a tanto tempo, que estou escrevendo com uma raiva que nunca imaginei sentir. Sabe quando você se dedica a uma pessoa e tudo que você achou que poderia receber em troca vai para outra? Aquele seu amigo que você conta todos os segredos e no fim você descobre que ou seus segredos estão espalhados, ou você nunca foi confidente dele. Isso para mim é ruim, muito ruim. 
Eu sou do tipo de pessoa que confia, e quando quebram isso não é apenas deixar passar. Doi, e como perder uma parte de si. E sinceramente, tudo que eu estou sentindo agora é que aconteceu de novo, traída de novo, jogada para escanteio de novo.
Pela primeira vez um texto aqui está sendo escrito com raiva e choro ao mesmo tempo, raiva por saber que eu sou culpada de confiar em alguém tão babaca, e choro pela decepção que causou. Então sim, ta machucando. E pior, eu amanhã estarei falando com a pessoa como se nada tivesse acontecendo, se você consegue ao menos reparar que tudo que você faz afeta alguém, e não toma a iniciativa de mudar, parabéns você é um babaca.
Um babaca por não ter responsabilidade emocional, um babaca por deixar que aconteça e você só vai mudar quando ver um caixão e sentir que a culpa foi sua, será que vai precisar ser tão extremo para você entender o quanto você afeta as pessoas? Que você pode ferir com palavras e ações? Não precisamos falar, isso se chama responsabilidade emocional, e se você não tem... Por favor, reveja como você vive em sociedade. 

sexta-feira, 13 de julho de 2018

Terapia, um bem necessário.

Tem alguém dentro de mim, uma pessoa diferente. E não, não estou grávida. Estou falando de ter alguém gritando alto e pedindo para eu fazer coisas, e esse alguém está incomodado. Não sei explicar como, nem o porque. Mas todas as vezes esse alguém tenta se expressar, e quando consegue e reprimido por uma outra pessoa. 
E como se estivessem em uma sala onde a unica saída é um tubo no teto. Quando a primeira pessoa chega nele, a segunda a puxa para baixo e sempre consegue sair. O problema é que a outra nunca receberá uma corda, nunca será puxada para cima, nunca sairá. Mas hoje ela descobriu uma nova saída dessa sala, e ela resolveu utilizar. 
Ela está pedindo tempo, tempo de si mesma e dos outros. Tempo para saber o que fazer com si e com todo esse misto de sentimentos, mas então ela percebeu que o mundo não pode lhe dar um tempo. E ela está acoada, na pontinha da saída. Pois se ela não pode ter o tempo, se ela não pode voltar atrás, porque então ela achou essa saída? Porque ela é o medo e a vontade misturados, ela é a ansiedade e a depressão ganhando voz e forma. Ela não é capaz de dar o primeiro passo, e ela nunca conseguiu sair pela primeira saída porque ela não deveria nem existir.

Mas ela está ali, falando o que você deve fazer ou pensar, dizendo agora na sua cabeça para você ficar e sofrer, que isso um dia vai mudar, e somente eu sou capaz de mudar. E pior, eu sei que é mentira dela, eu não tenho que sofrer, isso não vai mudar, e a culpa nunca será minha. Então porque sinto que ela domou minhas ações e me prendeu aqui? Por que me sinto acoada, quando tudo não deveria passar de coisa da minha cabeça?
Isso nunca terá uma resposta exata, mas o que eu posso dizer é que isso em breve vai passar, e não é o tempo que vai me ajudar, é a terapia. Mas quando falo isso, percebo que sem a razão e a solução do problema, porém eu tenho medo de resolver, e o motivo chama-se ansiedade. Sim, a pessoa conseguiu tanto o controle com aquela saída alternativa, que hoje, domina meus sentimentos e também ações, fazendo com que eu me esqueça e suma. E esse texto é para me lembrar que a minha terapia é importante, e que eu não vou desistir dela. 

sexta-feira, 6 de julho de 2018

Tire-me do escuro

Ciumes, acredito que falei poucas vezes essa palavra. Ciumes para mim não é algo fácil de sentir, pois a sensação de traição vem primeiro. Pode ser somente delírio, pode ser verdade, isso nunca se sabe. Porém, existem fatores que levam a crer que a minha atual situação não pode ter esse sentimento, um deles é a confiança.
A sensação que eu tenho é que não é ciumes, mas a falta de confiança. E onde está a linha tênue do que é cada coisa? Acredito eu que a estabilidade ou até mesmo a certeza e a confiança. Quando você possui termos de qualquer relacionamento, seja amizade, namoro, casamento ou até mesmo no trabalho, você consegue confiar, e quando você tem a sensação de traição sem motivo aparente para a mesma, isso é ciumes. Mas quando nada disso está definido, ou pelo menos claro em sua cabeça, isso é instabilidade, e a mesma gera falta de confiança. 
Eu estou começando a achar que me relaciono através de um personagem que eu mesma criei, já que parte de mim confia e diz, vai ficar tudo bem, não há nada de errado. Já o outro lado diz, você sabe que seu relacionamento é assim exatamente para que você não se sinta traída, mas você tem que se sentir assim, pois é isso que está acontecendo. Isso também se chama ansiedade com expectativa. Eu me pergunto se isso não me faz louca, se isso não me faz menos acessível a você. A verdade é que a situação me deixa como a bruxa, a megera, a controladora, a louca, a descontrolada da relação. Quando na verdade eu apenas gosto de estar no claro, lucida e tranquila sobre as relações que tenho com as pessoas. E quando isso foge do meu ser, me irrita é claro.
Eu nunca gostei do escuro, ficar nele para mim sempre foi algo ruim. E não falo isso metaforicamente, falo isso como estar em uma sala escura. Porém, é a melhor metáfora para ciumes. Quando você sente ciumes, você já perdeu confiança a tempos, você atravessou a linha tênue. E essa é a questão, quando você está no escuro, primeiro você imagina e depois você passa a alucinar, é gradativo. Então, me tire do escuro, me faça acreditar de novo em você. Pois enquanto eu estiver aqui apenas imaginando, pode ser simples. Afinal ainda há alguma confiança, o problema será quando eu alucinar. O ciume será a pior maneira de me ver, e talvez a mesma maneira que dará motivo para um fim de algo que não queremos.