sexta-feira, 29 de junho de 2018

Sangue e dor

Doendo mais do que da ultima vez, é uma incerteza misturada com sangue e dor. Essa é a verdade. Sangue e dor por estar tão nervosa com a gente a ponto de morder a lateral da boca, e de tanto mordiscar acabar ferida. Incerteza de saber até onde eu irei com isso. Eu não sou a mesma de um tempo atrás, que aguentou muita coisa por acreditar que conseguiria passar por tudo isso. Ela foi embora quando chegou no limite, lembra-se? E agora estamos aqui novamente, em um lupin que parece ser infinito. Mas não é, e não pode ser. Eu to cansada de pensar meus movimentos com a ideia de que posso magoa-lo, enquanto você pensa os seus apenas para si. 

Você se diz alguém que não presta, e doí quando você fala assim. Pois se você não presta, eu não deveria estar aqui, eu não deveria ter voltado, eu não deveria ter me instalado novamente, e deixado você se instalar. Eu sei o quão incrível eu sou, e isso me faz perguntar por que estou aqui desta maneira. 
Eu não posso e não quero deixar que você me abale, mas tu já faz isso. Ao contrário de você, quando saio com os amigos, e em ti que penso. Você só consegue pensar em mim quando já tomou no minimo duas cervejas. Essa é a verdade, pois nas outras vezes que não há bebida envolvida, você nem lembra que eu existo. 
Não, eu não vou ser seu suporte ou alguém que supra suas carências. Eu estou farta de ter que agir como se nada estivesse acontecendo, eu estou cansada de fingir que você não importa, quando você é o que importa para mim em muitos momentos. Não, eu não estou te dando prioridade maior, mas achei que deveria te dar alguma prioridade em minha vida, já que a mesma aparenta um pouco mais de estabilidade que a sua. Mas de que maneira você quer que eu te de prioridade, se na sua vida eu não sou nada perto de uma prioridade. E não me venha com esse discurso de que se importa, pois as pessoas que se importam falam e agem assim. Você ultimamente apenas fala isso, porém, voltamos ao fato de ações. Eu não vejo ações de alguém que se importa, vejo ações de alguém que está carente, e eu sou a maneira de curar isso. Vejo ações de alguém que sabe o quão importante certas coisas são para mim, e ao invés de faze-las, prefere não ceder. 


Eu mais uma vez me sinto carregando uma relação sozinha, e ainda preciso ouvir que estou fazendo isso porque quero, já que ninguém pediu. Quando se ama, não precisa pedir, precisa agir. Não há formula perfeita para amar, mas uma coisa e certa, quando você não alimenta o amor, ele murcha e morre, pode parecer clichê e bobo, mas o amor é uma flor que precisa de carinho, água e atenção. As vezes ele dura dias sem essas coisas, igual a um cacto. Porém há vezes que ele não durará uma semana, igual a uma rosa. Será que o que eu sinto é capaz de ser um cacto mais uma vez? Eu não acredito nisso. E você, será capaz de arriscar?

quarta-feira, 27 de junho de 2018

Papel Toalha

A sensação de dois anos e meio assim ainda não passou para ela, sensação de ser substituída, até mesmo de ser alguém que pode ser descartável. Isso misturado aos seus problemas pscologicos só fazem com que ela se sinta ainda mais inútil. Os sentimentos dela estão misturados as lagrimas que escorrem na cama enquanto a televisão fica ligada no mudo apenas para clarear o escuro do quarto. Enquanto o povo grita la fora que é gol da seleção, ela continua assustada e sozinha, e as lagrimas continuam a sair sem que ela possa controlar. Sua depressão continua falando em seu ouvido que ela é descartável e que mesmo que cada um tenha o seu valor, o dela não é de lá o mais valioso. 
Ela ainda escuta que age como uma criança, e talvez até se sinta assim, mas jura que não faz por querer. Apenas quer estar ali, quer curtir aquilo, e o que para ela é muito, para outros é quase nada. Ela está cansando, ela está em um limite que nem ela mesma está acostumada, onde tudo que ela sente e ódio de si e a sensação de querer se isolar do mundo. Os seus sentimentos estão confusos e parece que isso nunca passa, e talvez até por isso ela tenha pensado tantas vezes em suicídio. Ela não vê mais solução para si mesma, nem mesmo a morte para ela parece reconfortante. Por isso ela se pergunta se valeria apena tentar se matar. Quando na verdade ela não acredita que essa dor pode terminar, na verdade ela se acha incapaz até mesmo de tirar a própria vida.
Sim, incapaz. Ela se acha tão inútil que seria incapaz de se matar, pois acha que errará o corte ou até quem sabe a dose necessária de um veneno. Ela se acha tão descartável que acredita que terminar sozinha é a única maneira dela conseguir viver em paz, pois todos já teriam a descartado. Ela sente-se como um papel de toalha, absorvente para os problemas dos outros e que se pode jogar fora após o uso. E ela só queria se sentir bem, ela já sabe que não terá mais apoio de ninguém, e que ela é um papel toalha. Quem dera se tivesse pedido ajuda antes, talvez até dela sentiriam pena. Mas no momento são lenços de papel que lhe entregam, dizem que seu choro é falso, que seu drama é um exagero, que ela é um exagero. Que de 100 ela só é 70, e que esses 70, tudo é um papel toalha que será descartado depois. A decepção com todos é gigante dentro dela, a decepção consigo mesma é maior ainda. Ela não passa de um papel toalha em suas mãos, por favor, descarte de maneira correta. 

sexta-feira, 22 de junho de 2018

Meu coração vale algo?


Nossa, depois de tanto tempo eu não imaginava voltar a escrever sobre você. Na verdade ainda estou me perguntando se devo, já que agora você tem acesso a tanta coisa que eu escrevo. Mas eu to me decepcionando com o mundo de uma maneira que eu nunca vi antes, mas com você... Depois de tudo que aconteceu, eu me sinto cada vez mais largada por ti. Falar que ama é fácil demais, principalmente quando não se demonstra. E isso que talvez eu esteja sentindo falta, ações. E ultimamente tudo que tenho pensado é pessimista, acredito que o motivo seria por eu estar vivendo uma situação em que tudo aparenta dar errado. Sempre. 
Eu não quero esse sempre em minha vida, eu não quero essa situação como um problema, eu quero como uma solução. Eu quero ter a certeza de fazer algo acreditando que a pessoa merece aquilo, porém como acreditar em algo assim se não posso confiar em alguém que eu deveria faze-lo. Então sabe o motivo de eu estar aqui, escrevendo hoje? Não é porque não confio, mas porque as ações estão inexistentes, que simplesmente a confiança começa se perder pelo afastamento. E talvez com isso até o amor deve estar indo embora, a sensação de insegurança, a sensação de que preciso pedir algo que deveria vir espontaneamente. Eu não vou mais mendigar migalhas quando deveria estar sendo servida como rainha.
Rainha que você um dia disse que eu seria, mais uma vez eu deixei meu coração se enganar com tudo que ele achou que teria. Mas era apenas algumas horas, ele estava certo da primeira vez quando ouviu a razão, e mesmo assim, ele preferiu tentar de novo. Eu não quero que meu coração se machuque novamente, pois se for para isso... Eu prefiro vender para alguém, se é que ele ainda vale algo. 
Será que ele ainda vale algo para você, será que não percebe o quanto doí quando fala certas coisas? Quando tem certas atitudes? Quando você vai perceber que sempre vou tentar dar o murro na ponta da faca, e enquanto isso, você é a faca e parece não perceber os machucados que faz... Quando eu terei você como o impedimento necessário para eu não me ferir mais? Quando você vai sair da posição de faca para luva? 
Espero que não seja quando eu já estiver decidida a não mais me ferir.