Queria poder te falar tudo. Falar que toda vez que eu volto a um certo lugar no Rio de Janeiro, eu volto também no tempo, volto ao lugar onde pude ter você uma ultima vez. Onde te chamei de meu, te beijei, e chorei na sua frente por uma ultima vez. Todas as vezes, é como ser tocada por fantasmas das minhas lembranças. E eu volto ali para te ter uma ultima vez. Eu sinto sua falta todos os dias. Não há uma noite em que quando eu me deito e esqueço de falar boa noite para você. Eu estou doente de paixão. Eu ainda lembro do ultimo abraço e o ultimo beijo. Eu ainda acreditava que poderia mudar sua ideia. Eu estava enganada. Completamente enganada. Sua resposta não irá mudar, nós iremos. E seguiremos rumos diferentes. Mas eu ainda volto aquela noite, a que nos conhecemos, e me pergunto: onde eu errei? E as vezes, a resposta é: eu não errei, não era para ser, mas as vezes é: ele era apaixonado por outra. E só de pensar que as duas podem estar certas, doí. Te ver é como colocar uma faca em uma ferida, e falar com você pelo celular ou em uma rede social é como colocar agulhas em minha pele. Eu queria falar isso tudo olhando nos seus olhos, vendo suas reações. Eu menti para você uma vez, sabendo que poderia perder-te para sempre, e mesmo assim menti, pensei no fato de que você ir embora poderia me fazer bem, mas eu não sei se fingiu acreditar na mentira, ou simplesmente, acreditou. Quando você me perguntou sobre meu Facebook, eu disse que havia errado de pessoa, quando na verdade, não havia. Eu tinha deletado você. Então vem a pergunta: Por que? Simples, eu precisava e preciso me afastar de você, como eu disse antes, são agulhas que entram em mim todos os dias quando conversamos. Eu ainda gosto muito de você, e a fase de luto ainda não passou. Todas as vezes que eu tento me afastar, algo em você me puxa de volta, com muito mais força do que antes. Nós já tínhamos que ter tido essa conversa segundo uma amiga nossa, mas eu ao consigo falar isso com você. O que me fez falar: Eu passei meu natal igual ao ano anterior, quando perdi uma pessoa que gostei durante 3 anos, e eu não quero isso de novo, não quero ficar magoada e calada pelos próximos 3 anos. Eu estarei voltando para minha psicóloga no inicio do ano. E simplesmente sei que ela vai me pedir para nos afastarmos, mas quando penso nisso, me vem a cabeça a seguinte pergunta: se um dia voltarmos a nos falar ainda seremos os mesmos amigos? E eu mesma sei a resposta: Não, não seremos. Afinal, aquele menino que eu achava que era meu amigo, não era só meu amigo, tínhamos algo mais. E como não temos mais nada, não é o mesmo amigo, e todas as vezes que eu procuro você para apenas conversarmos eu esqueço do fato de que não temos mais esse “algo mais”, logo, aquele é você como amigo. E eu não estou acostumada com isso, acabo irritada por algo que eu esperava, e não o que deveria ser. Você estava e está certo em duas coisas: a primeira: Paranóica. A segunda: começamos da maneira errada, e eu não sei se teríamos futuro, mas sei que nossa amizade é capaz de não ter. Pois toda vez que eu falar com você, vou lembrar do menino sensacional que conheci naquela festa, e não sei se consigo te ver apenas como amigo. Então desculpe. E mais uma coisa, eu não sei se você lembra do dia que falou que não, mas eu continuei a te beijar mesmo depois do que disse, até que em uma certa hora, eu comecei a chorar. Você me perguntou o que estava acontecendo, e até hoje quero acreditar que o que te falei era verdade, mesmo sabendo que não. Eu lembro que disse a você que havia me lembrado de algo que não gostava. Bem, considerar isso, pode ser verdade, mas não é o algo que você acha que é. Eu comecei a chorar, pois foi nessa hora que caiu a ficha: eu havia perdido você. Aquele beijo poderia e seria o ultimo, aquele abraço com sentimento também, eu só não havia me tocado que a pessoa amiga também iria embora. Apenas nesse Natal a ficha caiu. Eu passei o natal igual ao anterior, com o computador ligado e chorando, com lembranças de um menino incrível que eu conheci esse ano. Mas que não era para ser. Mesmo que eu tenha criado uma pequena e falsa esperança quando você disse que havia preferido o não pelo que eu havia falado antes: “Prefiro que você fale que não e depois mude de ideia, do que falar que sim e depois se arrepender.”. Eu mesma criei algo do tipo: ele disse aquilo pois ainda pode sentir algo, mas nós dois sabemos que isso não irá acontecer. Talvez você tenha entrado na minha vida no momento certo, e tenha que sair em algum momento, mas eu não consigo aceitar que você tenha que ir, mesmo que seja para meu bem, e mesmo que seja por apenas um tempo. Você já é parte de mim, e tirar você da minha vida é como tirar um membro do meu corpo. Mas as agulhas estão por todos os lados, e a faca, entra a cada vez que olho em seus olhos. O real motivo de que não querer ir ao aniversário de nossa amiga? Ou ao encontro do fã clube? É ver você. É não poder te abraçar e ficar do seu lado como eu tinha costume antes. Começamos da maneira errada, e bem, a maneira de terminar isso não é legal. Você foi especial, e ainda está sendo, mas está se tornando doentio e louco, talvez eu precise parar de pensar em você, mas eu mesma não sei como, não por onde começar. E bem, no ultimo dia 21 eu tentei, a questão é, minha memória não deixou, pois mesmo apagando seu contato do celular eu sabia seu numero de cabeça. Sabia e cometi o erro de te ligar. Então, no meio de todo esse pensamento, estava assistindo HIMYM e bem, lembrei de você quando Robin e Ted estavam falando.
T: Pode fazer você se sentir melhor.
R: Ok, vamos fazer um trato: você fala primeiro, depois continuo não querendo falar sobre isto.
T: Ok. Todos os meus amigos do colégio estão com suas esposas e filhos e minha acompanhante da noite é uma revista que eu estou na capa. Eu costumava acreditar em destino, entende? Ir a uma loja de rosquinhas ver uma garota na fila, lendo meu romance favorito assobiando a musica que não saiu da minha cabeça a semana toda e penso: “nossa, ela pode ser a "THE ONE”“. E agora penso: "Sei que aquela vadia vai pegar a ultima rosquinha integral”
R: Você está focado no trabalho.
T: Não, é mais do que isso. Eu parei de acreditar. Não de um jeito depressivo, “Vou chorar no meu discurso”. De nenhuma forma eu percebi isso até essa noite. É que todo o dia, acho que acredito um pouco menos, e um pouco menos e um pouco menos e isso é uma droga. O que eu faço sobre isso?
R: Você é Ted Mosby, você volta a acreditar.
T: Em que? Destino?
R: Química. Se há química, só precisa de mais uma coisa. O momento certo. Mas o momento certo é uma droga.
…
R: Prometa-me duas coisas, uma, você vai voltar a acreditar, e dois, você não vai chorar em seu discurso, Schmosby.
T: Eu prometo.
Acho que foi esse o motivo de eu querer você por perto, você é a minha Robin (sem ofensa), quase todas as horas, e mesmo que diga que não, isso deve te irritar. Então, chego a hora que eu sei que você vai odiar que eu fale, mas você não pode fazer nada. Afinal, preciso passar por esse sentimento sozinha. Desculpe.
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